sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Kátia Abreu quer ampliar lista de frigoríficos habilitados pela China

A presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu (PMDB/TO), defende uma ação conjunta do governo federal e do setor privado para conseguir da China, no menor prazo possível, não apenas a suspensão do embargo à carne bovina brasileira, declarado no final de 2012, como a autorização para que novos frigoríficos possam exportar para o mercado chinês.

A senadora conversou sobre o assunto com o ministro da Agricultura, Antônio Andrade (PMDB/MG) na quinta, dia 21. Na ocasião, Kátia lembrou a necessidade de se aproveitar a visita ao Brasil, programada para dezembro, dos técnicos da Administração de Inspeção e Quarentena (AQSIQ), órgão responsável pela fiscalização sanitária dos produtos importados pela China. " É uma boa oportunidade para remover os obstáculos"  – disse a senadora.

Na avaliação dela, não há razões técnicas para a manutenção do embargo imposto pelo governo chinês à carne bovina brasileira no fim do ano passado, quando o Ministério da Agricultura divulgou informações sobre um caso não clássico de vaca louca, detectado no Paraná em 2010. A senadora espera que a visita dos técnicos da AQSIQ resulte na liberação do produto e em autorizações para novos frigoríficos brasileiros venderem carne bovina aos chineses. 

A senadora considera "importante que os chineses autorizem novas plantas frigoríficas e não decidam com base apenas nos pedidos já formalizados por empresas brasileiras". Ela observou que, no Brasil, apenas nove frigoríficos estão autorizados a exportar carne para a China continental, enquanto o Canadá tem 8, a Argentina 18 e o Uruguai 22, segundo números da própria AQSIQ referentes a 2012.

Ela salienta que a distância geográfica limita as exportações brasileiras de carne bovina para os chineses, pois impossibilita as vendas de carne fresca. Ela afirmou que, após o embargo, a carne bovina brasileira tem chegado até a China continental via Hong Kong.

– Mas essa não é uma opção segura e nem de longo prazo, do ponto de vista do produtor brasileiro – diz a senadora, lembrando que outro fator que incentiva o comércio com Hong Kong é a inexistência da cobrança do imposto sobre o valor adicionado, o que permite a redução nos preços.



Nenhum comentário: