quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Na BM&F, boi gordo crava nova máxima

O preço médio do boi gordo atingiu em julho o maior patamar em 20 meses no mercado futuro de São Paulo, mais uma vez puxado pela escassez de animais para abate na atual entressafra. Em compensação, as cotações do milho, do café e do etanol mantiveram a tendência de baixa e amargaram novas mínimas no mês.

Julho foi o sexto mês consecutivo de alta do boi gordo na BM&FBovespa. De acordo com o Valor Data, os contratos de segunda posição de entrega (normalmente, os mais negociados) foram negociados, em média, a R$ 102,43 a arroba, uma valorização de 1,6% ante junho e de 8,2% desde dezembro. Trata-se do maior valor desde novembro de 2011.

As cotações são sustentadas pela demanda aquecida dos frigoríficos combinada com uma oferta escassa. Sazonalmente, este é um período de menor disponibilidade de animais para abate uma vez que os pastos ficam secos durante o inverno. A primeira rodada de animais criados em confinamento deve chegar ao mercado na segunda quinzena de agosto, o que pode dar algum alívio ao mercado.

Já o preço médio do milho caiu 3,8% em julho, para R$ 24,30 a saca, a menor cotação de agosto de 2010. O mercado doméstico segue pressionado por uma safra recorde, combinada com exportações em baixa e queda nos preços internacionais. No ano, o milho já recuou 23,4% na BM&FBovespa.

A desvalorização do câmbio estimula as exportações do Brasil, o que induz o preço em dólar a cair para reequilibrar a oferta à demanda


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