quinta-feira, 25 de julho de 2013

Exportação de carne bovina do Brasil cresceu 719% nos últimos 17 anos

Desde 1996, o Brasil aumentou em 719% a exportação de carne bovina (passando de 151,7 mil toneladas em 1996 para 1,24 milhão de toneladas em 2012) e diminuiu a área de pastagens em 3,6% (de 177 milhões de hectares para 171 milhões de hectares). E a intenção é continuar intensificando a produção até dobrar o rebanho para alimentar o país e o mundo.


Este é o destaque do vídeo “Brazilian Beef Stories - part II”, uma produção institucional feita para promover a carne brasileira no exterior. A estreia está marcada para outubro, durante a feira de Anuga, na cidade de Colônia (Alemanha), maior evento de alimentos do mundo para o varejo e o food service.

Levando o slogan “Carne bovina brasileira. Naturalmente boa. Boa para você. Boa para o nosso planeta”, a segunda parte do vídeo  mostra casos reais de sucesso da pecuária brasileira em diferentes biomas, como o Cerrado e o Pantanal, “que representam a evolução da atividade pecuária no país, produzindo cada vez mais carne e utilizando menos recursos naturais”, complementa Fernando Sampaio, diretor-executivo da Abiec, a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne.

O ex-ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Alysson Paolinelli, é um dos convidados a deixar seu depoimento no vídeo. Ele introduz a história da evolução da pecuária mostrando que, antes da década de 1970, a atividade era basicamente extrativista, usando a riqueza dos solos através das pastagens. No entanto, a evolução da tecnologia e do conhecimento fizeram com que o agronegócio brasileiro evoluísse rapidamente, formulando o melhor modelo de conjugação de agricultura e pecuária, onde a primeira recupera os solos gerando riqueza através da produção de grãos e a segunda complementa o ciclo na época da entressafra.

Para formar a um rebanho que pudesse responder a esse desafio de produzir mais por área, o Brasil também tornou-se referência no melhoramento genético animal. “O melhoramento nada mais é do que você escolher os melhores (animais) para serem multiplicados mais intensamente”, explica Eduardo Biagi, presidente da ABCZ, a Associação Brasileira dos Criadores de Zebu. Além de técnicas como Inseminação Artificial e Inseminação Artificial por Tempo Fixo, o Brasil realiza cerca de 350 mil fertilizações in vitro por ano. A seleção dos melhores animais e o repasse de sua genética dentro de um rebanho pode significar até três arrobas a mais em um boi abatido, calcula Biagi.

Na fase da engorda, um sistema que está sendo cada vez mais usado no Brasil é o confinamento, onde o animal recebe alimentação própria para dar o acabamento de gordura necessário para indústria conquistar bons mercados, que se fidelizam e pagam mais pela qualidade. O pecuarista Rodrigo Penna, que possui um confinamento em Goiás, revela que os animais ficam em média 80 dias no cocho. O gerente de produção Fábio Maya informa que essa terminação em sistema intensivo é utilizada para aproveitar o melhor das pastagens na fase de crescimento do gado (recria) e que o confinamento é uma ferramenta para garantir a qualidade de carne ao animal, depositando a gordura necessária.

De acordo com Maya, o confinamento feito no Brasil é mais sustentável do que o feito em outros países porque não utiliza grãos, como milho e soja, em grande volume, disponibilizando-os para a alimentação humana. Em vez disso, a dieta é formulada muitas vezes com subprodutos da própria agroindústria nacional, como a casca de soja, a polpa cítrica e a torta de algodão, resíduo do processamento de biodiesel.

Além de produzir carne com mais qualidade, outro objetivo da pecuária brasileira é aumentar o giro da atividade, produzindo mais por área e ganhando em competitividade. O pecuarista Guilherme Noah, de Mato Grosso, conta que seu objetivo é "recomprar" a fazenda a cada ano. “Eu quero dobrar a capacidade que eu trabalhava. Então, ao invés de eu comprar uma área nova, eu vou pôr dinheiro aqui e vou fazer com que essa área suporte duas vezes o gado que eu tinha”, projeta Noah.

“Não vamos precisar derrubar nenhum hectare de mata a mais e podemos simplesmente dobrar a produção do Brasil. Já pensou um país com 400 milhões de cabeças?”, reflete o pecuarista Luiz Carlos Meister, que também é um dos convidados a deixar seu depoimento no vídeo. 

Atualmente, o Brasil tem 213 milhões de cabeças em seu rebanho bovino e está entre os maiores produtores e exportadores de carne do mundo.  Fonte: Rural Centro.

Confira o vídeo: “Brazilian Beef Stories – part II” na íntegra.




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