quarta-feira, 12 de junho de 2013

Alta do dólar favorece venda de produtos agropecuários brasileiros


Especialistas apontam que o câmbio na faixa de R$ 2,10 a R$ 2,20 é benéfico para o setor agropecuário do país. Produtores de grãos se beneficiam com o movimento de alta do dólar diante do real. Pelo menos 30% da safra 2012/2013 de soja ainda não foi comercializada. Para os especialistas, mesmo com o aumento do valor dos insumos importados, o produtor ainda sai ganhando na venda. 
 
O diretor executivo da Associação Nacional de Dedesa Vegetal (Andef), Eduardo Daher, aponta que as culturas de exportação devem ser favorecidas este ano. Segundo ele, em 2012, o dólar era comercializado a R$ 1,60, em média, e, agora, está por até R$ 2,15.

Para o setor de carnes, o aumento do dólar também é favorável. Segundo o analista da MB Agro, Cesar de Castro Alves, a receita com as exportações vem crescendo. O receio dos pecuaristas é em relação ao preço do farelo de soja, item muito importante da alimentação animal. Com o estímulo à exportação, o mercado brasileiro pode sofrer com a falta do produto no mercado interno.
 
Para o diretor técnico da Informa Economics FNP, José Vicente Ferraz, os produtores devem estar atentos para as políticas econômicas do Brasil, para que os investimentos continuem vindo para o país. – A política econômica fracassou nos dois pontos que tentava melhorar: no crescimento, que não se desenvolve, e no controle da inflação.
 
O presidente executivo da União Brasileira de Avicultura (Ubabef), Francisco Turra, também concordou que o câmbio até R$ 2,20 é benéfico e adequado ao setor exportador de proteínas animais. Ele também ponderou, no entanto, que é necessário uma atenção especial ao impacto do câmbio no endividamento em dólar das companhias. – O câmbio livre é uma conquista. O setor se beneficia em termos de volume e receita, pois impulsiona as exportações de proteínas. Entretanto, há empresas do setor que estão com endividamento alto e aí precisa haver uma atenção e um equilíbrio – declarou.
 

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