quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Líbano barra carne bovina do Paraná


O Líbano suspendeu a importação da carne bovina produzida no Paraná por tempo indeterminado. A medida é uma reação ao caso "não clássico" de vaca louca registrado no Estado em 2010 e anunciado no mês passado. A proibição também é válida para animais vivos. O Ministério da Agricultura não recebeu notificação oficial do país.
 
De acordo com a agência Folhapress, os libaneses proibiram apenas a entrada da carne produzida no Paraná, região onde a doença foi detectada. Até o início da noite de ontem, o Ministério da Agricultura não havia recebido um comunicado oficial do governo libanês sobre o veto parcial. Se o embargo for confirmado, o Líbano será o 8º país a levantar barreiras o contra a carne do brasileira.
 
Ainda que o país árabe seja um dez maiores compradores da carne brasileira, o veto ao Paraná deve ter um impacto limitado, já que o Estado é pouco representativo para as compras libanesas. Entre janeiro e novembro do ano passado, o Líbano importou 13,5 mil toneladas de carne bovina de todo o Brasil, ou 1,1% das vendas do país no período, segundo dados da Abiec, entidade que reúne as empresas do setor.
 
Por quanto, os países que oficializaram vetos à carne de todo o país são Japão, China, Coreia do Sul, África do Sul, Arábia Saudita e Taiwan. A Jordânia também levantou barreiras, mas apenas à carne do Paraná.
 
Ontem, a secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Tatiana Prazeres, disse que os vetos ferem as regras da Organização Mundial do Comércio (OMC). "Se não há respaldo nas regras internacionais essas barreiras são injustificáveis", disse ela, que ainda frisou "a possibilidade de um contencioso nunca foi descartada. Não hesitaremos em fazer, se tivermos de reduzir barreiras incompatíveis com as regras. Se não há parâmetro de risco sanitário, a barreira é considerada protecionista na OMC  ".
 
Tatiana informou que a Jordânia também está com problemas com importações do Paraná. Segundo ela, até novembro, as barreiras afetaram 4,4% das exportações brasileiras de carne bovina.
 
O Mapa garante que o Brasil vem tratando o caso com transparência perante os compradores internacionais, além de demonstrar a eficiência e a segurança dos mecanismos de controle brasileiros. 


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