sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Fipe: Alimentação sobe 1,40% e responde por 41% do IPC de dezembro


Apesar da alta de 2,01% registrada em Despesas Pessoais em dezembro, o grupo que mais contribuiu para o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) de 0,78% no mês passado foi Alimentação, ao avançar 1,40%, respondendo por 0,31 ponto porcentual da taxa geral, ou 40,96%. Este grupo tem a segunda maior participação (22,92%) na cesta do IPC, atrás apenas de Habitação, com fatia de 30,94%. O desempenho dos preços dos alimentos surpreendeu a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), que projetava aumento de 1,25%.

Entre os subgrupos que compõem esta classe de despesa, os alimentos industrializados desaceleraram de 1,63% para 1,38% entre novembro e dezembro, enquanto Alimentação Fora do Domicílio teve arrefecimento mais expressivo, ao passar de 2,13% para 1,53%.

No sentido contrário, Semielaborados saltaram de 0,61% para 2,29%. "Em semielaborados, tivemos pressão sazonal de aves (7,05%) e carnes suínas (4,52%)", disse o coordenador do índice, Rafael Costa Lima, em entrevista coletiva na sede da Fipe esta manhã. 

Carnes Bovinas avançaram 0,38%. "É um momento delicado, com muitos países proibindo importação da carne brasileira, o que costuma reduzir o preço interno. Vamos ver quanto tempo deve durar esses embargos", disse Costa Lima.

O subgrupo Semielaborados sentiu ainda a pressão de cereais (2,53%) "por causa de feijão (6,14%), que voltou a figurar entre as principais altas do mês e acumulou alta de 34,09% no ano".

Também trajetória ascendente mostraram os produtos in natura, ao reduzirem a queda
de -2,09% em novembro para -0,27% no mês passado. "Pesou novamente o tomate, que voltou a subir em dezembro (9,00%)", explicou Costa Lima. Em novembro, tomate havia caído -20,10% e em 2012 subiu 6,15%.


A expectativa da Fipe é de desaceleração gradual dos preços de Alimentação em janeiro, devendo encerrar o mês com aumento de 0,60%. Com informações da Agência Estado



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