sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Exportação de gado vivo se recupera e sobe 19%


As exportações de gado vivo se recuperaram no ano passado, somando 480 mil cabeças. Ao atingir essa marca, o setor conseguiu vender 19% mais bois em pé do que em 2011. Naquele ano, o setor havia amargado o pior momento desde 2008.

As exportações de gado vivo não sofrerão com as amarras colocadas à carne brasileira devido ao caso atípico de vaca louca, apesar de Jordânia e Líbano, dois dos grandes importadores de gado em pé, terem feito embargo ao produto brasileiro.Os dois países não vão importar produto apenas do Paraná, Estado que não exporta gado vivo. Essas exportações são feitas basicamente por Pará e Rio Grande do Sul.

A liderança fica de longe com os paraenses, que colocaram 432,5 mil animais no mercado externo no ano passado, 90% das vendas do Brasil. Rio Grande do Sul vem a seguir, com 47,4 mil, segundo dados da Secex (Secretaria do Comércio Exterior). Gastão Carvalho Filho, da exportadora Boi Branco, diz que a recuperação se deve ao aumento de vendas à Venezuela e à chegada da Turquia ao mercado brasileiro. Para ele, "2012 não foi ruim, mas não pode ser considerado como excepcional".

As vendas para a Venezuela, que encabeça a lista dos importadores, atingiram 345 mil animais, 8% mais do que em 2011. Esse número, no entanto, é bem inferior ao de 2010, quando o país vizinho levou 605 mil animais vivos. 

O Líbano, o segundo maior importador, reduziu as compras para 64 mil animais, enquanto a Turquia aparece como um mercado crescente. As compras dos turcos vêm subindo rapidamente nos últimos anos. Eles estão trocando a Europa e o Uruguai pelo Brasil. No ano passado, compraram 44 mil animais vivos de exportadores brasileiros.


As receitas obtidas pelo Brasil somaram US$ 534,4 milhões no ano passado, 21% mais do que em 2011. Os venezuelanos deixaram US$ 409 milhões no país. As exportações do Pará deram sustentabilidade aos preços pagos aos pecuaristas, diz Carvalho Filho. Em alguns períodos, o valor pago se equipara ao de São Paulo. Fonte: Folha de São Paulo / Coluna Mauro Zafalon

                               





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