segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Inflação agropecuária ganha força no atacado e varejo


A inflação agropecuária ganhou força no atacado. Os preços dos produtos agrícolas atacadistas subiram 1,21% em dezembro, em comparação com a queda de 1,10% apurada em novembro, no âmbito do IGP-10. A informação foi divulgada hoje pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). 

Assim como no atacado, os alimentos foram os principais responsáveis pela inflação no varejo. O Índice de Preços ao Consumidor - 10 (IPC-10) avançou 0,65% em dezembro, dos quais 55% influenciados pela alta de preços dos alimentos. 

No grupo alimentação, o destaque foram as hortaliças e legumes, cuja inflação passou de -9,91% para -2,61%. Neste segmento, prevaleceu a influência do tomate, que passou de uma variação negativa de 23,29% para -5,93%. "O preço do tomate deve subir mais, se a gente considerar a alta já registrada no atacado. Mas não há indicação de que irá disparar como no início deste ano", disse o coordenador de Análises Econômicas do Ibre/FGV, Salomão Quadros.

Ainda no grupo de alimentos, os panificados e biscoitos passaram de 0,35% para 0,96%. O pão francês passou de 0,54% para 0,77%. E os laticínios ficaram 1,42% mais caros, após alta de 0,56% em novembro. A FGV destaca ainda os preços das carnes bovinas, que passaram do terreno negativo em novembro, de -0,14%, para o positivo em dezembro, de 0,65%. 

"Várias dessas altas refletem o avanço de preços no atacado. Além disso, não há necessidade no varejo, pelo menos em alimentação, de reduzir margens. Não há indicação de que a renda do trabalhador tenha sofrido, o que facilita a manutenção do ritmo de alta dos preços", ressaltou Quadros. 

Outros grupos também contribuíram para a elevação da taxa, embora tenham sido menos relevantes, como o grupo habitação (de 0,31% para 0,75%) e educação, leitura e recreação (de 0,43% para 1,11%), revelou a pesquisa do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV).


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