sábado, 8 de dezembro de 2012

Artigo: O inferno vai congelar antes de eu desistir da carne


Dan Murphy, jornalista e comentarista da indústria de alimentos, publicou sua visão sobre o consumo de carne baseado no artigo “Pesquisador afirma que carne pode ser essencial”, escrito pelo colunista W. Gifford Jones no Winnipeg Free Press, do Canadá. 

“O inferno vai congelar antes de eu desistir da carne”. Assim começa o intrigante artigo, onde Jones disse ter encontrado “um aliado, o professor Duo Li, da Universidade Zhejiang em Hangahou, na China”. Li reportou sua pesquisa quantificando o valor de comer carne no Journal of Agriculture and Food Chemistry.

A pesquisa de Li ressalta que as dietas vegetarianas são geralmente carentes em ferro, zinco, vitamina B12 e ácidos graxos essenciais ômega-3, todos necessários para uma boa saúde cardiovascular. Do outro lado da moeda, o grande consumo de vegetais tende a aumentar a produção de plaquetas sanguíneas, que têm um papel essencial na coagulação normal do sangue. Porém, em excesso, aumentam o risco de formar coágulos sanguíneos perigosos que podem causar fatalidades se instalarem-se em artérias coronárias ou causar derrames graves se forem para o cérebro.
O consumo de vegetais também produz um aumento na quantidade de homocisteína no sistema circulatório, o que tem sido associado com um maior risco de doenças cardíacas. O estudo de Li também mostra que uma dieta vegetariana rígida resulta em uma menor quantidade de lipoproteína de alta densidade, também chamada de colesterol “bom”, também um fator de risco para doenças cardiovasculares.

Apesar dos defensores da indústria, pesquisadores e nutricionistas trabalharem para disseminar a ideia de uma dieta balanceada que inclua alimentos de origem animal para acrescentar proteína de qualidade e vitaminas frequentemente carentes em alimentos processados, a cobertura da mídia peca sobre questões de alimentos e nutrição. Por exemplo, a quantidade recomendada diária para ferro é de 18 miligramas, ainda que a dieta típica norte-americana contenha somente cerca de 6 mg.

Além de referências superficiais para “garantir que você tenha ferro suficiente” em dicas online para mulheres gestantes, raramente há informações sobre a séria deficiência nutricional dos americanos que é estimulada por informações sobre dietas vegetarianas como solução para quase todas as doenças crônicas que existem. Além disso, a carne contém vitaminas, quantidades significantes de zinco, um nutriente essencial para o crescimento adequado e para o funcionamento metabólico – e também carente na maioria das dietas típicas.

Comer uma quantidade moderada de carne magra – bovina, suína e de frango – certamente faz sentido nutricionalmente. Como disse Jones: “Faz mais sentido do que uma dieta totalmente vegetariana. Afinal, os humanos têm apreciado carne desde que os homens das cavernas descobriram que essa poderia mantê-lo e sua companheira vivos”.

Mas, e o colesterol? Mesmo a ciência comprovando que o humano típico produz dois terços do colesterol requerido pelo corpo – ainda muitas pessoas consideram qualquer coisa contendo colesterol como “ruim”. É por isso, segundo Jones, que milhões de pessoas mudaram o consumo de carnes vermelhas para frango e peixe. Um bife típico de 170 gramas contém somente 146 miligramas de colesterol. O que, infelizmente, é um número sem sentido para qualquer pessoa que não conheça nutrição humana.

Um dos fatos mais interessantes para se usar quando estiver argumentando com seus amigos vegetarianos: a carne – particularmente a bovina – é uma das principais fontes dietéticas da coenzima Q10 (Co-Q10). Coração, fígado e rins também são excelentes fontes, assim como sardinhas, mas os americanos não estão dispostos a de repente adotar órgãos ou peixes como pratos de jantar, de forma que a carne bovina continua sendo a fonte mais provável de CoQ10 para a maioria dos consumidores.

Isso é importante, porque a CoQ10, que é similar a uma vitamina, é produzida pelo corpo, encontrada em virtualmente todas as células e serve como catalisador na produção da energia metabólica. A CoQ10 também funciona como um antioxidante para proteger os órgãos vitais – especialmente o coração – de danos a nível celular. O Instituto Nacional do Câncer  fez uma pesquisa sobre a CoQ10 como um suplemento clínico para uso em tratamentos anticâncer.

A carne bovina é uma boa fonte desse nutriente vital, apesar do cozimento desnaturar a CoQ10. A questão é muito simples: coma carne e prospere. Nutricionalmente falando, de qualquer maneira.

Fonte: Drovers, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.




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