sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Rebanho Bovino cresce em ritmo mais lento


A criação de gado no País reduziu o ritmo de alta em 2011, após três anos consecutivos de aumento, o que indica um encerramento no ciclo de pecuária, com animais prontos para o abate. Como resultado, deve haver estabilidade no número de bovinos no Brasil em 2012, segundo o IBGE, que divulgou a pesquisa Produção da Pecuária Municipal.

Os bovinos totalizaram 212,798 milhões de cabeças em 31 de dezembro de 2011. O rebanho cresceu 1,6% em relação a 2010, após já ter aumentado 2,1% no ano anterior. Em 2009, a expansão foi de 1,5%. 

O município de São Félix do Xingu, no Pará, tinha o maior número de animais, o equivalente a 1% do total nacional. Mas o destaque no ranking de maiores criadores no ano foi o município de Altamira, no Pará, que subiu da 28.ª posição em 2010 para o 12.º lugar em 2011.

O ciclo da pecuária dura três anos, que é o tempo para o bezerro crescer e virar carne, explicou Adriana Santos, pesquisadora da Coordenação de Agropecuária do IBGE, que complementa "a gente acredita que esse ano de 2011 está fechando um ciclo da pecuária. Daqui para frente, a tendência deve ser de estabilidade. Já tem animal pronto para abater".

Abate

Adriana lembrou que, no ano passado, ainda havia falta de animais para o abate. ?Os frigoríficos estavam reclamando muito disso?, notou. Como resultado, houve aumento no preço da carne para o consumidor. O movimento de valorização do produto voltou a ocorrer este ano, mesmo com a oferta maior de bovinos, mas, desta vez, o encarecimento da ração foi o vilão.

Em 2011, a região Centro-Oeste detinha a maior fatia do rebanho bovino nacional (34,1%). No entanto, a criação da região ficou estável em relação a 2010 (0,1%). Os aumentos nos rebanhos foram detectados nas regiões Nordeste (2,9%), Norte (2,7%), Sudeste (2,8%) e Sul (0,4%).

A pesquisadora ressaltou, ainda, que a expansão na produção nacional de leite foi expressiva, de 4,5%. ?Pode ter ocorrido por uma maior eficiência do rebanho?, cogitou Adriana. Dentro da pesquisa, foi detectado também um aumento relevante na criação de codornas (19,8%) e na produção de ovos de codorna (12,1%).
As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.



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