quarta-feira, 4 de abril de 2012

A gestão impacta diretamente no sucesso da pecuária de corte

Há muito se fala a respeito dos gargalos da pecuária de corte e, é preciso esclarecer que, para qualquer mudança positiva que se almeje nesse sentido, é de suma importância que a resolução dos problemas de dentro da propriedade seja priorizada antes de quaisquer outros pontos também relevantes. Nenhum resultado será alcançado se os produtores não se capacitarem e nem se adequarem às realidades da atividade.

A gestão pecuária tem sido considerada um dos maiores limitantes da produção pecuária; um verdadeiro “ralo”, por onde escoam grandes somas de dinheiro. Isto se deve ao fato de que o custo de produção muitas vezes não é nem sequer conhecido – pelo menos no que se refere a grande maioria dos pecuaristas. Afinal, se as arrobas de bezerro ou boi gordo produzidas por safra são produtos considerados commodities - o que implica o não controle sobre o seu preço vendável – então, como garantir os lucros obtidos desses produtos?

O produtor precisa se preocupar com uma gestão eficiente de sua propriedade, tanto quanto se preocupa com a eficiência de seu pasto, com o melhoramento genético animal e a nutrição superior para o seu gado. Em outras palavras, é imprescindível que os conceitos administrativos estejam sumariamente incorporados à prática da atividade pecuária antes de se alcançar o sucesso da atividade! A gestão dos custos pode sim determinar a viabilidade desse sucesso ou não. É possível dizer que se os custos forem controlados, pode-se executar um planejamento do preço mínimo de venda e, assim, garantir o superávit comercial.

Os custos e objetivos pré-determinados para a prática pecuária devem ser todos identificados e quantificados, denotando que, de fato, não seria viável permanecer competitivamente na atividade em questão sem um planejamento e gestão adequados.

Por outro lado, a gestão eficaz não exige que grandes tecnologias sejam utilizadas impreterivelmente. A boa gestão começa com a familiarização do usuário, seja ele o gestor de uma grande ou de uma pequena propriedade. Em ambos os casos, é importante que esse usuário conheça todo o processo, acredite no trabalho que está desenvolvendo, apresente métricas representativas do seu negócio e indicadores que demonstrem os resultados do trabalho planejado no inicio do ano.

Outro fator que deve ser destacado é a dependência que a produção pecuária tem da mão de obra direta.  Portanto, é sempre muito próspero treinar os funcionários do campo, desde os peões mais simples até os operadores do trator mais caro. A qualificação da mão de obra também representa investimento no negócio, pois está relacionada à valorização direta do capital humano e à melhoria do sistema de produção, uma vez que os peões, capatazes e gerentes são os olhos, braços e pernas do produtor.

Por ser uma atividade muito complexa, a produção de gado de corte precisa ser acompanhada de perto e gerida como uma “indústria a céu aberto”. As ferramentas de gestão estão todas disponíveis ao pecuarista, a tecnologia pode ser entendida por todos, e os bons exemplos são poucos - mas existem. Então, por que a maioria dos pecuaristas insiste em não trabalhar da forma mais adequada?

A Universidade do Boi e da Carne está sempre atenta a essas questões e, para comprovar sua interação com o produtor, preparou para o ano de 2012 o “Circuito de Cursos Práticos de Gestão Pecuária”.

O objetivo principal é propor soluções e contribuir para o aprimoramento da gestão das propriedades, de forma a maximizar a rentabilidade da atividade, garantir liquidez e melhorar a qualidade dos animais fornecidos para o abate.

Acompanhe as novidades no site: universidadedacarne.org.br.

Em caso de dúvidas, enviá-las para: universidadedacarne@nelore.og.br.

Fonte: Equipe Universidade do Boi e da Carne.

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