segunda-feira, 13 de junho de 2011

Os mitos da carne vermelha


Durante anos ela foi taxada como uma das vilãs na mesa dos brasileiros. Porém hoje, municiados de novas tecnologias e estudos mais recentes, médicos, cientistas e nutricionistas comprovam: a carne vermelha vem sendo injustiçada nos últimos anos. Ao contrário do que se acreditava, ela não está envolvida no processo de degeneração da saúde e age como uma das mais balanceadas fontes de proteínas, aminoácidos, ácidos graxos, vitaminas e minerais que se pode encontrar na natureza. Logo, o produto possui todas as qualidades necessárias para auxiliar justamente no combate de doenças.

A carne é rica fonte de ferro heme, absorvido mais facilmente pelo organismo. Ao comer um bife, nosso organismo retém mais quantidade de ferro do que na ingestão de vegetais. O mineral ajuda a aumentar a imunidade e a favorecer a renovação celular, ponto fundamental no aumento da disposição e da energia para superar os desafios diários. A real origem dos males, colocados apenas na conta da carne vermelha, está na inflamação silenciosa causada pela forma como nos alimentamos hoje em dia e que geram os problemas que têm nos levado a doenças cardíacas, câncer, depressão, diabetes, obesidade, entre outras. Isso desequilibrou a proporção de ácidos graxos essenciais em nosso organismo.

“Temos sempre que enfatizar a importância e os benefícios da carne vermelha, especialmente a carne de animais da raça Nelore, pois ela apresenta níveis de colesterol, gordura saturada e total, inferiores à carne de animais de raças taurinas, além de apresentar o mesmo teor de proteína, ferro, zinco, fósforo e vitaminas”, aponta o médico cardiologista e pecuarista Nabih Amin El Aouar.
Comer carne vermelha, em especial a de gado criado a pasto, é uma forma de recuperar o equilíbrio em nosso organismo. Riquíssima em Ômega 3, ela contribui para contrabalançar o excesso de Ômega 6 que os carboidratos têm acrescentado às nossas mesas, em especial com os grãos, sob as mais variadas formas: inclusive a soja, no passado considerada a solução saudável para a aquisição de determinados nutrientes por nosso organismo e hoje colocada em xeque por parte dos especialistas, que já apontam ressalvas.
Nabih revela que em 12 dos 19 cortes de carnes vermelhas magras, foram encontrados apenas um grama a mais de gordura saturada do que na mesma porção de peito de frango sem pele. Em contrapartida, a carne vermelha apresentava 6 vezes mais Zinco, 3 vezes mais Ferro e 8 vezes mais Vitamina B12 do que o corte de frango. E se a comparação fosse feita sobre asa, coxa e pele do frango, a carne vermelha ficaria com um teor ainda menor de lipídios. “Felizmente alguns médicos estão aderindo a esse movimento após uma revisão dos antigos conceitos, com a alternativa de novas opções alimentares e principalmente pelo desejo de não retirar dos seus clientes a condição preferencial pela carne vermelha, não somente pelo seu excepcional sabor, mas também pelos enormes benefícios à saúde”, assegura Nabih.

O caminho para a dieta saudável, sem dispensar alimentos que inapropriadamente a ciência médica considera nocivos, foi encontrar uma nova forma de pensar a alimentação. Por trás da verdadeira epidemia de doenças que está minando a saúde aos poucos, comprometendo funções orgânicas, está o surgimento da mudança radical da alimentação ao longo do tempo, centrada em produtos industrializados, especialmente os carboidratos refinados, muitos deles ricos em açúcar e pobres em nutrientes, e com o uso de óleos vegetais baratos, como os hidrogenados.


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